Mas como não há vencedores antecipados, há necessidade de encarar cada vez mais, todos os jogos como finais. Os objectivos só podem ser alcançados com uma dedicação total e uma entrega ao jogo como se cada lance fosse o último.
A equipa das Leoas até entrou bem e logo aos 2 min de jogo colocava-se na frente com uma boa jogada de entendimento entre a Débora e a Cátia com esta última a finalizar.
Mas efectivamente e não sendo uma desculpa para o resultado, algumas jogadoras fundamentais estavam em sub-rendimento devido à exigência de vitória que pode ter provocado uma ansiedade extra ou por algum cansaço físico e mental que afectou e de que maneira o rendimento da equipa.
O jogo decorria com parada e resposta, mas sem as jovens Leoas terem o jogo controlado como estão habituadas. A Quinta dos Lombos com o seu modelo organizativo privilegiava as transições Defesa / Ataque com muita rapidez e que colocou em cheque a Inês Lucas que foi chegando para as encomendas nesta fase.
Com sucessivas substituições de modo a manter a frescura da equipa, o 2º golo nunca chegou de modo a dar uma tranquilidade que poderia ajudar as Leoas na 2ª parte.
À passagem do min 22 numa desatenção colectiva (foi o que mais sobressaiu neste jogo), os Lombos chega ao empate. No entanto, durou apenas 30 segundos, pois a Débora numa arrancada fulgurante e num remate do lado direito já em esforço, alcança o 2º golo e novamente a dianteira no marcador.
Quando se pensava que o resultado estava feito, um livre à entrada da área no minuto 31 e com muita indecisão por parte dos Lombos (jogada estratégica???), e num remate feliz que embate na Cátia, acaba por trair a Inês fazendo o 2-2. O árbitro acabou a primeira parte logo de seguida.
No balneário, a equipa técnica tornou a sentir um desânimo pouco habitual e ainda mais descrença face ao jogo quando faltava jogar 30 min. O golo do empate teve maior impacto do que se esperava.
Nada se alterou da 1ª para 2 ª parte e os Lombos com muita pressão sobre a portadora da bola que após endossar a bola, poucas vezes se movimentou para se desmarcar o que facilitava a tarefa à primeira linha defensiva da equipa da casa.
Quando aos 5 min, num lançamento lateral que as Leoas pensavam ser delas, deixam a bola na mão de uma jogadora dos Lombos e esta rapidamente marca o lançamento para a entrada da área sem nenhuma defensora nem a gr preparada para tal “traição”. Era a confirmação que as jogadoras não estavam concentradas nem dedicadas.
A equipa reagiu mais com o coração do que com a cabeça e foram muitas as transições que os Lombos tiveram desde esse momento com o culminar do 4º golo que quase hipotecava a luta pelo resultado tal a tendência do jogo até esse momento. Imediatamente o treinador António solicitou o seu min de desconto para organizar a equipa e dizer que ainda faltavam tempo para alterar a tendência e que bastaria um golo para tudo se modificar.
A partir do minuto 20, as Leoas passaram a jogar em 5×4 e passado 5 minuto reduz para 3-4 por intermédia da Joana já em cima da linha de baliza, mas curiosamente, com 5 minutos ainda por jogar, deixaram de fazer o 5×4 e passaram a jogar individualmente e esqueceram-se tudo o que foi preparado para este jogo e para estes momentos.
Em resumo, o resultado é justo e uma lição para o futuro destas brilhantes jogadoras que devem perceber que há mais jogadoras com qualidade em Lisboa. Podem ter talento, mas sem capacidade de sofrimento e de trabalho, podem tornar a ser ultrapassadas por jogadoras e equipas organizadas. Há que continuar a trabalhar para ultrapassar este resultado negativo e tentar já no próximo regressar às vitórias.
Na próxima semana duplo confronto no campeonato juvenil e júnior com as juvenis a deslocarem-se ao candidato ao título Estrelas do Feijó no dia 20 de Abril pelas 10h45 e no Domingo, dia 21 o grande jogo da jornada com a recepção ao líder SL Benfica que conta apenas com um empate neste campeonato.
Resultado Final: Quinta dos Lombos 4 – 3 Leões de Porto Salvo